Nesta primeira etapa do projeto, os resultados de campo apontam uma série de indicadores positivos que formam a base do processo de implementação e manutenção da nossa Unidade Demonstrativa. Estes são alguns resultados do programa de Permacultura na Amazônia, até o momento:

1- O estabelecimento pleno de uma Unidade Demonstrativa de Permacultura na região Amazônica visando a capacitação prática e teórica das atividades permaculturais em loco.

2- O desenvolvimento de técnicas bastante eficientes para a recuperação de áreas improdutivas na região baseadas em princípios práticos e experiências de campo que podem ser reproduzidas em escalas familiar ou comunitárias.

3- Um forte programa de educação e capacitação (com certificação de mais de 700 agentes comunitários) possibilitando o estabelecimento de sistemas permanentes de produção no campo, como solução para as práticas de corte e queima que vem destruindo de forma gradual os nossos recursos naturais.

4- A capacitação técnica de uma excelente equipe local. A equipe do projeto é formada por 6 técnicos de campo, sendo 2 técnicos agrícolas formados na EAFM e 2 pequenos produtores e 2 auxiliares de campo que moram em bairros perto do projeto. Esta equipe tem excelente qualificação técnica podendo trabalhar na capacitação de pessoas em qualquer outro projeto de Permacultura no país.

5- O efeito demonstrativo replicado no campo quando membros de comunidades rurais, que participaram dos nossos programas de treinamento, reproduzem as técnicas permaculturais nas suas terras. Em algumas comunidades, existem resultados bastante expressivos quando os colonos são devidamente assessorado. Existem no campo excelentes exemplos de construção de lagos e barragens, produção orgânica de hortaliças, produção de composto, e sistemas produtivos em aléias.

6- A criação gradual de mecanismos de comercialização, incluindo o processo de certificação ambiental para produtos orgânicos que vem sendo cultivado por comunidades associadas ao projeto.

7- Sistematização e divulgação das experiências bem sucedidas no campo da mídia e das políticas públicas visando a adoção por parte das autoridades de uma nova política para assentamentos sustentáveis em toda região Amazônica.

Hoje, após três anos de pesquisas e de vários sistemas estabelecidos, podemos atestar que de fato na Amazônia é possível criar sistemas produtivos diversificados e sustentáveis, sem ter que destruir a maior floresta tropical do planeta. Além da sustentabilidade ambiental dos sistemas, temos que viabilizar agora também os componentes de produção de acordo com os princípios e as necessidades sociais e econômicas das populações. As atividades do projeto de Permacultura visam exatamente estabelecer esta conexão entre o desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis com as necessidades sociais e econômicas destas populações.